Míriam Santini de Abreu
A realização no Brasil da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, no mês de novembro em Belém (PA), não pegou desprevenido o jornalismo especializado na área no país. São décadas de acúmulo teórico, criação de veículos especializados, debates, articulação em rede, produção de importantes coberturas jornalísticas. Pesquisadora do tema desde o final dos anos 1990, vim alinhavando impressões nos últimos anos e concluí que ainda há coisas a dizer sobre o chamado jornalismo ambiental.
Desenvolvo seis tópicos no artigo:
1 – Perspectiva anticapitalista
2 – Jornalismo de classe
3 – Projeto cooperativo nacional e internacional
4 – Ensino do saber que importa
5 – O papel do cotidiano
6 – Jornalismo ambiental: totalizar os resíduos
O jornalismo ambiental precisa estar a serviço da elevação da consciência, ser “uma forma de fustigar a brasa insurrecional”, como afirma Eduardo Sá Barreto ao se referir aos esforços necessários por parte dos ecossocialistas, que devem investir em formação, denúncia e agitação, radicalizando as pessoas em luta: “Fazê-lo de maneira intencional e metódica, não de maneira entregue ao acaso ou à esperança de uma elevação geral espontânea de consciência da classe”. A formulação é perfeita também para o jornalismo que se põe a serviço da emancipação humana.
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